sexta-feira, 8 de abril de 2016

San Andreas

San Andreas



Actores: Dwayne Johnson, Carla Gugino, Alexandra Daddario, Paul Giamatti, Kylie Minogue

Realizador: Brad Peyton

Se fosse para entrar num concurso mundial sobre a mulher mais afortunada do mundo, a personagem da actriz principal decerto seria a feliz contemplada. Senão vejamos: se tudo correr bem sem nenhuma catástrofe ao virar da esquina, o namorado é um dos magnatas mais ricos da Califórnia. Se por acaso algo der para o torto, o marido de que está separada, mas amigalhaço de todos, calha de ser comandante de uma equipa de resgate.

Sendo este um filme catástrofe, em que as coisas dão bastante para o torto, é escusado falar muito sobre a linha romântica do filme, certo?

Sem querer estar a ser demasiado picuínhas, desde quando um pai de cor negra, e uma mãe morena para o latino, têm uma filha para o branquinho de olhos azuis? Já ouviram falar em genética quando atribuem os papeis num filme? 

Humm... e sendo o personagem principal comandante de uma equipa de resgate, nada melhor do que no meio da maior catástrofe dos últimos séculos, aproveitar-se a seu bel prazer dos meios ao dispor (helicópteros, roubo de carros, aviões, barcos...) para salvar a família. O resto do mundo que morra feliz.

Talvez seja melhor autodisciplinar-me e acabar por aqui a minha análise ao argumento. Algo posso apostar com certeza. A minha filha de 10 anos tem textos bem mais consistentes do que este.

Do elenco, bem que se pode dizer que todos se esforçam para dar credibilidade ao filme. Não têm culpa que alguma mente brilhante tenha escolhido Dwayne Johnson para actor principal. Se os filmes fossem avaliados pelo desfile de músculos, decerto a cotação estaria bem em alta. Infelizmente, como o filme até pedia alguns momentos de representação, as (não) qualidades do Dwayne conseguiram superar a própria catrástrofe da história.

E já que se fala tanto na palavra catástrofe, ironicamente, essa é mesmo a única mais valia do filme. A sucessão de cenas de desastre e calamidade estão um brinco. Apesar de algumas redundâncias nos desabamentos, o filme tem efeitos de encher o olho.

Numa análise geral, o filme é entretido de ver, pela parte visual, pois a nível de história é do mais banal e previsível possível.

Classificação: * *