domingo, 27 de dezembro de 2015

The 13th Unit

A 13ª Unidade



Realizador: Theophilus Lacey

Actores: John Allen Phillips, Lance Aaron, Aidan Bristow

Acharam a capa assustadora? Concordo que sim. Está um trabalho bem conseguido. Diria mesmo o melhor do filme. Não existisse um pequeno pormenor que talvez faça alguma diferença:

É um embuste!

Exceptuando o resumo da história da contracapa, nada faz parte do filme. Desde o título (qual é 13ª unidade?), a imagem, e as frames, roubadas a outros filmes e séries. Está bem que o orçamento deste filme é equivalente ao que me sobra na carteira no final do mês, contudo existem regras do pudor e civilidade que deveriam ser respeitadas. 

Quanto à receita do filme, qualquer um dos nossos trabalhos na arte das sandes de presunto, ou fiambre e queijo, estará muito mais próximo de uma estrela Michellin, do que alguma vez isto estará de sair do esgoto.
Ingredientes: 1 edifício labiríntico, 1 dúzia de personagens a sacrificar e um demónio, monstro, entidade, ou simples cão rafeiro, conforme o que cada um especular de algo que nunca vê, salvo em flashes e sombras desfocadas. E essas, apontam claramente para a última hipótese. 

O caro leitor poderá estar surpreendido com a minha severidade. Afinal, apesar da banalidade do argumento, ele não diferirá de muitos outros filmes de baixo orçamento, e mesmo em produções mainstream. Verdade. Mas por poucos mais dólares, e uma história também ela banal, o Actividade Paranormal não deixa de ser um dos melhores, e mais competentes exemplos do fantástico na última década. 

Quem quiser ver este filme, aconselho a terminar a leitura por aqui, pois vou fazer algumas revelações explícitas da história.

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Se continua por aqui, escusa de agradecer por lhe ter poupado quase 1 hora e meia da sua vida.
Vamos então a factos que tornam este filme tão mau.

- A base da história é tão má e rudimentar, que nem vale a pena estar a gastar aqui o meu, e o vosso tempo a dissecá-la. Faz lembrar os velhos western dos anos 40 e 50, que punham uma tela pintada do deserto, para simular que a cena se passava ao ar livre. Mesmo que víssemos que era uma tela. 
Aqui é igual. Não pensem muito na origem, descoberta e utilização dos artefactos, pois de tão inverosímel que é, ainda ficávamos com uma mão cheia de nada.

- Flashforwards. Temos um suposto filme de terror. Temos as personagens. Qual é o raio de interesse em fazer apanhados do futuro, com elas em perigo, se TODOS nós já sabemos que elas vão estar em perigo. Dah!!!

- Monstro/Demónio. Nunca se vê. Apenas apanhados de pequenas partes do corpo, sombras ou trabalho de câmara. Em nenhuma altura aparenta ser algo tão perigoso que um bom chuto não resolva, como aliás o fez um personagem numa cena. Mas o menú é a la carte. Para umas vitimas é preciso o tal rafeiro fazer o trabalho. Já outras, são possuídas (otite?) sem razão aparente. Será o ar condicionado defeituoso?

Ufa! É bem mais difícil fazer uma crítica a lixo, do que a uma obra prima!


Classificação: zero 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Northman - Uma saga Viking

Northman - A Saga Viking



Realizador: Claudio Fah

Actores: Tom Hopper, Charlie Murphy, James Norton

Um grupo de Vikings proscrito da sua pátria escandinava naufraga na costa das Ilhas Britânicas, luta com os locais, rapta uma princesa, continua a lutar com o grupo de resgate da princesa, continua a lutar com o grupo que afinal já não quer resgatar a princesa, e por fim luta para voltar a embarcar para parte incerta. 

Resumindo: O argumento não tem ponta por onde se lhe pegue. Começa em lado nenhum, para acabar em lado nenhum. 

Qualquer comparação deste filme com a excelente série Vikings, será uma blasfémia.

Para piorar o que já não era muito bom, o actor principal, para além de ser alto e louro, nunca na vida deveria ter pensado em tentar representar. Atrozmente mau.

Única salvação deste naufrágio cinematográfico, os planos visuais e a fotografia, que estão bastante bem conseguidas.

Classificação: * *